domingo, 3 de abril de 2011

Reflequissões de um baxaréu e posgraudando em istoria

Olá.

O título acima foi propositalmente escrito errado. A grafia correta é "Reflexões de um bacharel e pós-graduando em História".

Houve um tempo em que a posição social de um indivíduo era determinada pelo nascimento. Se você nascia na nobreza, você era nobre até morrer, mesmo que falisse. Se você nascesse plebeu, você seria plebeu até morrer, mesmo que ficasse rico. O desprezo pelos de baixa condição social não era visto como algo errado: pelo contrário, a Igreja Católica chegava a dizer que essa ordem era correta, Deus determinou que houvesse uma classe que rezava (clero), uma que guerreava (nobreza) e uma que trabalhava (os camponeses e artesãos). Era assim durante o feudalismo medieval europeu, entre os séculos VIII e XIII.



Questionar essa ordem social, além de ser loucura, era pecado e passível de condenação, não raro, à morte. Cristão bom tinha de se conformar com a posição que lhe cabia.

Mesmo com a ascensão da mentalidade burguesa e capitalista - a de que um homem alcançaria o prestígio social não por pertencer a família nobre, mas com muito trabalho, e, portanto, qualquer homem poderia enriquecer e/ou alcançar um padrão confortável de vida - , quem questionar a ordem vigente, até os dias de hoje, pode ser considerado um subversivo (isso, é claro, dependendo da região do mundo de onde você vem). Ainda hoje, as elites sentem medo dos plebeus pensantes, que podem levar os seus semelhantes a protestarem contra a ordem vigente. Sabemos todos que o comodismo é o pior mal dos homens. Temos de lutar para alcançar uma vida melhor. Mas as elites só se sentem seguras mesmo sabendo que os trabalhadores estão trabalhando, e não vão atrapalhar enquanto eles deitam e rolam na riqueza conquistada, não raro roubada dos impostos que pagamos, enquanto milhares passam fome e penam nas filas dos hospitais.

Mas o que eu expressei neste cartum foi mesmo o que eu argumentei acima: as elites sempre temeram os trabalhadores que pensam e questionam a ordem social.

As roupas dos personagens podem estar deslocadas - não especifiquei a época em que se passa a historinha. Mas ela vale para os dias de hoje.


No dia 23 de março de 2011, perdemos a diva do cinema Elizabeth Taylor.

Como homenagem, um "vale a pena ver de novo": um cartum anteriormente publicado em que o nome dela é citado. É o original escaneado direto no computador, sem o devido tratamento no photoshop, por isso as manchas.
É duro ser historiador. É duro ter mente privilegiada em meio a tantos ignorantes. Mas não que eu esteja me gabando disso. Isso não é um auto-elogio aos historiadores.
Até mais!

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