quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Outro 7 de setembro assombrado

Olá.
Eu bem que tentei manter a neutralidade. Eu bem que tentei não me envolver. Mas não deu: neste dia 7 de setembro, o Dia da Independência brasileira, é preciso fazer alguns comentários sobre a situação política atual.
E o faço através de charges feitas "na hora", sem esboço, no calor da discussão. Quem me conhece sabe: é difícil para mim exprimir ideias com apenas um desenho, então minhas "charges" são mini-histórias em quadrinhos. Todas já saíram anteriormente no blog do Quadrinhos S. A. (https://quadrinhossa.blogspot.com.br/).


- A grande maioria das pessoas, pelo que constato, vê o dia 31 de agosto de 2016, quando o Impeachment da presidenta Dilma foi aprovado, como um golpe, uma nova versão do dia 31 de março de 1964. Então, seria o exílio a melhor solução para o impasse? Aqui, reciclei uma piada do fim da década de 1970, que aprendi em uma revista antiga. Para quem não sabe, as marcas de bebida citadas ainda existem. Aliás, só os mais estudados deverão entender as referências...
Abaixo, a minha tentativa de explicar a charge. O exílio será mesmo necessário se a situação fugir do controle?
- Esses mesmos brasileiros que veem a situação como golpe querem a antecipação da eleição para presidente. Tem quem ache que o discurso da "morte da democracia", que estão espalhando (afinal, foram milhares de votos e a decisão majoritária do povo jogados fora!) é exagero, afinal em outubro haverá eleições para prefeito e vereador. Mas isso não é suficiente para os opositores do governo. Para que se preocupar só com o futuro de nossa cidade, quando é o do país inteiro que está em jogo? Nada é suficiente para o povo brasileiro...
- Ainda batendo na tecla da oposição ao governo: agora a tendência é ver o novo presidente, Michel Temer, como um cara mau. E quem apoia o Temer, no entendimento dos opositores, também é um cara mau. E esses caras maus, a gente tem de tirar de nossa convivência, afinal, segundo eles, são os que querem que o Brasil retorne à condição de colônia... Não, isso não está certo. O momento deveria ser de união para a reconstrução do Brasil, não de aumento do abismo ideológico. O temor não é pelo que o Presidente pode fazer de mau, mas de que a parcela da sociedade que se opõe ao Temer se torne mais mesquinha que os grupos aos quais eles se opõem... Quem apoia o Temer, prepare-se para perder os amigos... Mas será que maltratar quem apoia o Temer também não seria uma violação ao direito de liberdade de expressão? Não seria uma contradição de quem se diz democrata?
- Finalmente, uma HQ longa. Se ninguém mais apoia o Temer, então digam: o que vocês fariam se vocês fossem o presidente do Brasil? As respostas seriam todas parecidas, claro. Mas eu, nestes quadrinhos, demonstro: eu, se fosse presidente, faria mais. E melhor! Ou talvez esteja só exagerando, depois de ver as minhas redes sociais lotadas de mensagens anti-governo...
Espero que vocês possam refletir sobre o que estou querendo dizer. Simplesmente isso. E não me odeiem por isso.
Até mais.

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