terça-feira, 19 de agosto de 2014

Quem quer ir para o Planalto? ou: Chega de Otário Eleitoral!

Olá.
Esta semana, oficialmente, começou a campanha eleitoral, no rádio, na TV e nas ruas. Este ano, eleições para Deputado Federal, Deputado Estadual, Senador, Governador de Estado e Presidente da República.
E estamos, infelizmente, num período de profundo desencanto com os políticos. Os brasileiros não aprenderam a lição nas últimas eleições. Os eleitos não corresponderam às nossas expectativas. E continuamos elegendo palhaços, artistas de TV, ex-big brothers, cantores, gente que oferecia dentaduras por votos, ex-militantes de esquerda da época do Regime Militar que, no correr dos séculos XX e XXI, traíram suas convicções... E todos esses sempre davam um jeito de escapar da justiça toda vez que se envolviam em escândalos de corrupção.

Não lembro onde, mas li, dia desses, que as urnas eletrônicas, há anos sendo usadas, não são seguras como divulgavam - são, sim, passíveis de serem violadas e/ou fraudadas.
E tanta gente rancorosa com os rumos do nosso regime republicano, defendendo o fim da obrigatoriedade do voto, a mudança de regime político de República para Monarquia...
Bem, eu posso estar correndo o risco de ser execrado por conta de possíveis opiniões políticas. Eu defendo uma ampla reforma política, sim. Mas eu acho que o voto DEVE CONTINUAR sendo obrigatório. Todos os cidadãos aptos a votar devem comparecer às urnas e expressar suas opiniões através do voto. Se defendo uma reforma política, eu defendo o seguinte: antes de tudo, o fim da reeleição imediata para todos os cargos políticos. Presidentes, governadores, deputados, senadores, vereadores e prefeitos não podem concorrer a novas eleições ao fim do mandato anterior; só depois dos próximos quatro anos. Não seria uma boa ideia evitar que os mesmos homens acabem voltando para ocupar as cadeiras depois do fim de seus mandatos? Se limitarmos seu tempo de mandato, quem sabe assim eles trabalhem mais em prol do povo, mostrem serviço, façam algo útil. Se lhes dermos mais tempo de mandato, ou mesmo a certeza de que vão ser reeleitos, aí sim eles acabam se acomodando, e que o povo se dane.
Com isso, já me torno novamente polemista. Estou pronto para os tomates, pessoal. Vamos.
E digo: este ano, vamos mostrar que aprendemos a lição. Vamos votar consciente. Vamos votar diferente. Chega de "otário eleitoral", como tem sido há tempos! Chega de engravatados rindo da cara do povo depois de se livrarem de mais uma acusação. Chega de raposa velha, das que conhecem as brechas das leis - em geral, das que eles ajudaram a criar.
Sigam, por favor, as recomendações dadas pelos especialistas: pesquisem o passado dos candidatos pretendidos. Não votem no escuro!
E, nos últimos tempos, tem me dado muita vontade de chargear, desenhar cartuns sérios. É no sentimento expresso no texto acima que fiz o cartum abaixo. Citando inclusive o cartunista Arnaldo Branco (foi de uma tirinha da série Mundinho Animal que tirei a ideia para a "técnica" descrita abaixo - e com o devido crédito).
E, como diria Júlio César, o romano, de agora em diante, "alea jacta est - a sorte está lançada".
Até mais!

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