sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

História das Histórias em Quadrinhos - 3a edição (parte 1)

Olá.
Na aproximação do dia 30 de janeiro, Dia do Quadrinho Nacional, neste ano de 2014, resolvi republicar um dos maiores clássicos deste blog: as minhas cronologias da História das Histórias em Quadrinhos e História dos Quadrinhos no Brasil. Ambas revistas e ampliadas, no que já considero a edição definitiva.
Nestes anos, consegui mais bibliografia para revisar meus trabalhos publicados anteriormente. E, junto com o trabalho, também republicarei algumas das ilustrações que coloquei para ilustrar esses trabalhos, e mais algumas.
Já podem esquecer tudo o que já foi feito: esta aqui há de ser a cronologia definitiva. E agora, a primeira parte. Pesquisa de Rafael Grasel.



As Histórias em Quadrinhos são, inegavelmente, a arte mais fascinante e eficiente de todos os tempos. Desde o final do século XIX, as HQ seguem firmes como um dos principais veículos culturais e de comunicação, perdendo importância apenas para o cinema, a televisão e, atualmente, os videogames e a Internet – e isso que um, às vezes, dependa de outro, ou tornam-se aliados: diversos personagens de HQ ganham outras mídias, aumentando sua popularidade.
Fazer uma história coerente e completa das HQ constitui um trabalho hercúleo, já que o campo de análise é vasto, e existem muitos e muitos trabalhos relevantes de serem citados – e vários outros vão surgindo, tornando difícil o trabalho de atualização de qualquer lista. Aqui, far-se-á um pequeno esforço, trazendo um apanhado com as obras mais fundamentais e/ou conhecidas. É parte de um universo vasto, mas é suficiente para conhecê-lo.
NOTA EXPLICATIVA: as datas referidas levam em conta o ano em que determinada HQ aparece ou é iniciada. Priorizar-se-ão, aqui, os personagens mais conhecidos, sempre que possível, e com uma pequena explicação de sua importância para a história das HQ – bem como informações sobre adaptações das HQ para o cinema e/ou outras mídias. Também, sempre que possível, os nomes dos personagens aparecem no original, acompanhados dos nomes como ficaram conhecidos no Brasil. Muitos dos personagens aqui referidos, principalmente no que concerne aos mangás, podem ser conhecidos apenas por especialistas na área, mas por sua importância, não pode-se deixar de referenciá-los, aqui. E, como de praxe, quando uma HQ tiver dois autores (o roteirista e o desenhista), o nome do roteirista aparecerá antes do nome do desenhista.
Nesse trabalho, também são usadas as seguintes convenções de cores: azul, para os fatos ocorridos e as HQ criadas nos EUA; verde, para as HQ européias; vermelha, para os fatos e criações da América do Sul; amarelo, para as HQ japonesas; e roxo, para citar as adaptações para cinema e/ou outras mídias das HQ referidas (levando mais em conta as adaptações produzidas no ocidente).

ORIGEM DAS HQ
A origem das HQ está no início da civilização humana. Nas inscrições rupestres das cavernas pré-históricas (como as de Lascaux, na França, e Altamira, na Espanha), nos baixos-relevos da Mesopotâmia, nos hieróglifos egípcios (século IV a.C.), nas tapeçarias medievais (como a Tapeçaria de Bayeux, feita na Inglaterra por volta de 1070 d.C., que retrata uma epopeia dos cavaleiros normandos), nos estandartes chineses, nas vias-sacras e vitrais das catedrais góticas (séculos V a XIII d.C.)... Nisso tudo, e muito mais, observa-se o princípio básico das HQ, ou seja, a narração de acontecimentos através de desenhos sucessivos.
No século XIV, ilustrações européias introduzem os filactérios – faixas com palavras escritas junto à boca dos personagens – considerados a gênese dos balões. O primeiro exemplar feito no Ocidente de uma ilustração com um filactério teria sido datado de 1370 (a Tábua Protat, um pedaço de madeira, descoberto em 1899 na abadia de La Ferté, na França, e comprada pelo impressor Jules Protat, com parte de uma xilogravura – considerado também o mais antigo exemplar ocidental de uma ilustração xilogravada, técnica já conhecida no Oriente – onde um centurião romano, diante do Calvário, aponta um dedo para a cruz e declara: “Vere filius Dei erat iste” [sim, na verdade este homem era o filho de Deus]). A Tábua Protat atualmente está guardada na Biblioteca Nacional da França.
A invenção da imprensa no ocidente, no século XV, por Gutenberg, e o aperfeiçoamento das técnicas de impressão de ilustrações, como a xilogravura e a litografia, constituem um impulso a mais. No século XIX, o texto passa a acompanhar sistematicamente o desenho – as ilustrações humorísticas já existiam nos periódicos europeus (jornais e revistas) da época. Dentre os exemplos mais célebres de publicações que ressaltavam ilustrações, estão: Le Magasin Pittoresque (surgido na França, em 1833), Punch (Inglaterra, 1841) e Harper’s Weekly (Estados Unidos, 1857).
No pioneirismo das HQ, há hoje quem coloque os japoneses como pioneiros, tirando assim a primazia dos europeus. É que, segundo alguns especialistas, existem rolos de pergaminho com histórias narradas através de textos e desenhos no Japão desde o século VIII (os chamados emakimono, técnica de escrita e ilustração de origem chinesa, e, assim sendo, os primeiros rolos a circularem no país eram cópias de textos chineses – o primeiro emakimono realmente escrito no Japão foi Genji Monogatari [A História de Genji], de Murasaki Shikibu, de 1260 d.C.) – portanto, as HQ japonesas (mangá) seriam já muito antigas. Entretanto, os emakimono estavam, assim como os livros europeus até por volta do século XV, restritos à nobreza, por serem muito raros e, portanto, caros. Mais tarde, desenvolveu-se, a partir do século XVII, a técnica de xilogravuras (ukiyo-e), que, sendo mais baratos que os emakimono (já que, a partir de um molde, as gravuras podiam ser feitas em maiores quantidades), ajudaram a difundir a arte da gravura entre as classes não-nobres. Aliás, o termo mangá foi cunhado no século XIX pelo gravurista japonês Katsushita Hokusai, para denominar sua célebre série de gravuras, os Hokusai Mangá (imagens irrisórias de Hokusai), produzidas entre 1814 e 1849. Mangá é a junção dos termos japoneses manketsu (conto, história), e fashiko (ilustração), mas também pode ser traduzido como imagens irrisórias, engraçadas. A partir da abertura do país ao Ocidente, em 1868 (início da Era Meiji), florescem as primeiras publicações de mangá – agora como histórias ilustradas, mais próximas da forma atual. O estilo dos mangás produzidos antes da década de 40 era diferente de como o conhecemos hoje (poucos eram, por exemplo, os mangás que tinham balões de fala, sendo mais histórias com legendas acompanhando as ilustrações), que só seria desenvolvido a partir do trabalho do mangaká (desenhista) Osamu Tezuka, na referida época.

PRECURSORES DAS HQ MODERNAS
O primeiro “modelo” das HQ como hoje as conhecemos, segundo especialistas, foram as chamadas Estampas de Épinal, desenvolvidas na França por Jean Charles Péllerin, a partir de 1820. De fato, a chamada literatura de estampas é o meio mais próximo das HQ modernas, com desenhos (divididos em quadros) e textos (em forma de legendas) usados para representar uma ação contínua, mas ao mesmo tempo com cortes de tempo e espaço na narrativa. Era a literatura aliada ao desenho, frequentemente exibindo situações cômicas. Outro artista célebre a criar narrativas próximas aos quadrinhos atuais foi o russo naturalizado francês Caran D’Ache (Emmanuel Poiré), que, no final do século XIX, fazia suas charges e cartuns, publicados em revistas satíricas francesas em forma de narrativas sequenciais.
Além de Péllerin, consideram-se os primeiros autores de HQ – os primeiros a produzirem histórias com uma personagem fixa – os europeus:
                        O suíço Rudolf Töpffer, com Sr. Vieux-Bois (1827);
·         O alemão Wilhelm Busch, com Max und Moritz (Juca e Chico, 1865);
·         O ítalo-brasileiro Ângelo Agostini, com As Aventuras de Nhô Quim (1869) e As Aventuras de Zé Caipora (1883);
·         O francês Christophe (Georges Colomb), com Família Fenouillard (1889).
Enquanto isso, no Japão, surgiam as primeiras publicações de mangá – ainda como textos ilustrados, mas fortemente influenciados pelas publicações ocidentais, como a inglesa Punch: a Eshibun Nipponchi, iniciativa de Kanagaki Robun e Kawanabe Kyousai, a pioneira revista de mangá (1874), com duração de três edições; a Kisho Shinbun (1875), a Marumaru Shinbun (1877), ambas de maior sucesso que a primeira, e a Shounen Sekai (1895), criada por Iwaya Sazanami e a primeira a usar o termo Shounen (rapaz), mas com histórias de teor nacionalista, focadas na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894 – 1895).
O chamado período da pré-história das HQ, segundo especialistas, vai de 1820 a 1895.

PERÍODO INICIAL (1895 – 1909)
Os pesquisadores convencionaram tomar como marco inicial para uma história das HQ a aparição, em 1895, do Yellow Kid (Menino Amarelo) dentro da série de cartuns chamada Hogan’s Alley, criação do americano Richard Fenton Outcault para o jornal New York World, de propriedade de Joseph Pullitzer. Este trabalho é o primeiro a introduzir os balões com as falas dos personagens e a ação fragmentada (vários quadros, sem molduras, para indicar a sucessão dos episódios da história). A partir de 1895, portanto, as HQ, saindo dos álbuns ilustrados ou livros, passam a ser divulgados pelos veículos de comunicação em massa (ajudando os leitores semialfabetizados e os imigrantes estrangeiros ávidos para aprender o inglês a compreenderem as histórias) e, consequentemente, a se inserir no contexto da indústria cultural. E não é só isso: o Yellow Kid, devido à cor de seu camisolão, também origina o termo yellow journalism (no Brasil, o termo equivalente é imprensa marrom ou nanica) como sinônimo de imprensa sensacionalista (os jornais sensacionalistas utilizavam o recurso de publicar HQs nas edições dominicais com o objetivo de alavancar suas vendas), bem como a primeira disputa judicial envolvendo HQ, quando Outcault, em 1896, troca o World pelo New York Journal, de propriedade de William Randolph Hearst (rival de Pullitzer), levando seus personagens consigo.
A HQ em sua forma definitiva aparece em 1897, com Katzenjammer Kids (Os Sobrinhos do Capitão), de Rudolph Dirks, para o Journal. Nela aparecem onomatopéias, sinais gráficos e molduras em volta da ação. Assim como os personagens, inspirados no Max und Moritz de Busch, seriam considerados os precursores das chamadas kids strips (HQs com crianças como personagens principais), bem como de uma série de crianças terríveis das HQ.
Além desses fatos, podemos destacar, do presente período:
· 1902Nos EUA, Outcault cria outro personagem célebre: Buster Brown (Chiquinho);
      ·   1903Nos EUA, Upside Downs, de Gustave Verbeek (nascido no Japão, filho de missionários holandeses, e naturalizado estadunidense), trazia uma proposta gráfica inusitada que jamais foi repetida: para se ler o resto da história, bastava virar a página de cabeça para baixo; A. Piker Clerk, de Clare Briggs, no jornal Chicago American, é a primeira tentativa – mas mal sucedida – de uma tira diária de HQ (as HQ eram restritas aos suplementos dominicais até 1907);
·  1904 – Nos EUA, Dream of Rarebit Fiend (Sonhos de um Comilão), de Winsor McCay (sob o pseudônimo Silas), primeira série do autor onde é explorada a temática dos sonhos e o desenho surrealista; The Newlyweeds, de George McManus, considerada a tira precursora das tiras com famílias (Family strips) dos EUA;
·  1905Nos EUA, Little Nemo in Slumberland, de Winsor McCay, que, com seu desenho surrealista, enquadramentos panorâmicos, grandes perspectivas e jogos de cortes e sequências, prenuncia o cinema de vanguarda e, além disso, introduz o elemento da continuidade nas HQ (a situação apresentada sendo interrompida no momento crítico para continuar no capítulo seguinte); Na França, surge a revista La Semaine de Suzette, dirigida ao público infantil feminino. Dentre as principais atrações da revista, está a personagem Bécassine, de Jacqueline Rivière e Joseph Porphyre Pinchon, considerada a primeira personagem feminina protagonista de uma HQ; No Japão, surge a revista Shonen Pakku, a primeira revista de mangá voltada às crianças;
·   1906Nos EUA, Kin-der-kids, uma das mais destacadas obras de Lyonel Feininger, célebre pintor de origem alemã (apesar de essa HQ ter sido produzida por um artista gráfico de prestígio, a crítica ignorou que as HQ poderiam ser uma forma de arte, preconceito que se perpetuaria até recentemente); No Japão, surge a revista Shoujo Sekai, a primeira publicação de mangá voltada para o público feminino (shoujo);
·   1907Nos EUA, Mutt e Jeff, de Bud Fisher, a mais bem-sucedida tentativa de tira diária de jornal, e considerada, assim, seu marco inaugural por muitos especialistas. Fisher também teria sido o primeiro artista a obter os direitos autorais totais sobre sua criação (na maior parte das vezes, quem detinha a maior parte dos direitos sobre personagens eram os syndicates, que detinham o poder, inclusive, de escalar um novo desenhista para continuar a obra após a morte ou aposentadoria de seu autor);
·   1908Na França, os Les Pieds Nickelés, do Louis Forton, são considerados os primeiros personagens não-infantis de HQ; Na Itália, aparece o periódico Corriere dei Piccoli, de onde saem alguns dos primeiros personagens de HQ daquele país. Dentre as atrações do Corriere, Bilbolbul, de Atilio Mussino;
·   1909Nos EUA, Winsor McCay produz, a partir deste ano, desenhos animados baseados em criações suas. Uma de suas obras de animação mais conhecidas é Gertie, o Dinossauro.

PERÍODO DE ADAPTAÇÃO (1910 – 1928)
O sucesso das HQ leva ao controle dos direitos de publicação por corporações (syndicates), cuja principal função era centralizar e distribuir as histórias a jornais e revistas, inclusive para outros países. Desse modo, os EUA acabam firmando-se como o maior e principal país irradiador de HQ para todo o mundo.  Nesse período, existiam duas correntes de artistas: os humoristas, que viam nas HQ apenas diversão e entretenimento, e os estudiosos, que pretendiam intelectualizá-los. A partir de 1920, o cinema passa a influenciar os comics, que passam a ter cortes rápidos, angulação variada e ação seriada dos episódios. Quatro gêneros ou tipos de personagens, cristalizados no período, sobressaíram-se e acabaram virando paradigmas da arte:
       ·  As crianças (kids strips), sejam elas travessas, caso de Sobrinhos do Capitão e Pinduca, ou induzindo o leitor à reflexão, como em Minduim e Mafalda, e também sua variante, a boy-dog strip, girando em torno de um menino e um bicho de estimação (geralmente um cachorro), caso de Dennis o Pimentinha e Boulle e Bill;
·     Os bichos (animal strips), em geral antropormofizados (com trejeitos e comportamento semelhante ao humano), caso de Krazy Kat, Mickey Mouse, Gato Félix e Pogo;
·   As famílias (family strips), que também reproduzem um pouco das características da sociedade do período retratado, caso de Pafúncio e Marocas, Blondie e Ferdinando;
·   As garotas (girls strips), espécie de variação das family strips, mas centrados em garotas que buscavam o casamento, caso de Blondie (em sua fase inicial); algumas girls strips, no entanto, já mostravam também o início das conquistas femininas na sociedade, caso de Winnie Winkle e Brenda Starr.
Algumas das obras e fatos mais marcantes do período:
        ·    1911Nos EUA, Krazy Kat, de George Herriman, uma das mais poéticas HQ já criadas (tanto que ela não foi continuada por outro desenhista após a morte de Herriman, um caso raro na indústria das HQ);
·  1912Nos EUA, Polly and Her Pals, de Cliff Sterrett, a primeira girl strip de sucesso; outra célebre disputa judicial envolvendo HQ: Dirks muda-se para o World de Pullitzer, e leva consigo os Katzenjammer Kids. A nova disputa judicial que se segue entre Hearst e Pullitzer termina com a série publicada nos dois jornais ao mesmo tempo – no entanto, Dirks teve de mudar o nome dos personagens publicados no World (a série passou a se chamar The Captain and the kids), enquanto que no Journal o nome Katzenjammer Kids é mantido, mas desenhado por Harold Knerr, que enriqueceu a tira com personagens novos e não deixou que ela caísse em qualidade. Como resultado adicional desse processo, Hearst funda o International News Service (que, em 1914, muda o nome para King Features Syndicate), a primeira (e maior) corporação e distribuidora de HQ do mundo – ela distribuiu, além de Sobrinhos do Capitão, as tiras de Recruta Zero, Hagar o Horrível, Flash Gordon, Príncipe Valente, Pinduca e muitos outros. Alguns dos syndicates que faziam com sucesso concorrência com a King Features Syndicate eram a United Features Syndicate, parte do grupo de Pullitzer (Tarzan) e a Chicago Tribune Syndicate, das empresas de Joseph Patterson (Aninha a Pequena Orfã e Dick Tracy);
·    1913Nos EUA, Bringing up Father (Pafúncio e Marocas), de George McManus, a mais célebre family strip do autor;
·    1917Na Espanha, surge a revista TBO, publicação de HQ que, de tão influente, gerou o termo tebeos para denominar as HQ publicadas naquele país (além do termo historieta);
·  1919Nos EUA, Gasoline Alley, de Frank King, a primeira a mostrar personagens que crescem e envelhecem; Barney Google, de Billy de Beck (posteriormente, um personagem surgido nessa tira, Snuffy Smith, [Zé Fumaça ou Capim Gordura] “rouba” o papel principal, o que podemos considerar como um dos primeiros casos de spin-off [série surgida de outra] nas HQ); Elzie Segar inicia a série Thimble Theatre;
·    1920Nos EUA, Winnie Winkle, de Martin Branner, outra destacada girl strip;
·  1923Nos EUA, O Gato Félix, célebre personagem dos desenhos animados criado pelo australiano Pat Sullivan e pelo americano Otto Messmer, chega às HQ, com desenhos deste último;

·    1924Nos EUA, Little Orphan Annie (Aninha, a pequena órfã), de Harold Gray, considerada a obra que introduz a ideologia política (no caso, de extrema direita) nas HQ; Roy Crane cria Wash Tubbs (Tubinho), série humorística que, mais tarde, se desdobra para a aventura (sendo considerada a série precursora do gênero), e gera outro spin-off, o Captain Easy (Capitão César);
·    1926 Na Argentina, Dante Quiterno inicia a tira Don Julian de Monte Pio. Em 1928, apareceria, nessa tira, o índio Patoruzú, que, após tomar conta da tira, em 1938 ganharia um gibi próprio e uma versão infantil, Patoruzito, também com gibi próprio a partir de 1945. Em Patoruzito, seriam revelados desenhistas célebres das HQ argentinas, como Alberto Breccia e José Luis Salinas;
·   1928Nos EUA, Tim Tyler’s Luck (Tim e Tok), de Lyman Young; o Mickey Mouse, criação de Walt Disney, estréia nos desenhos animados. O personagem chega às HQ em 1930 (inicialmente em tiras desenhadas por Ub Iwerks e Win Smith, mais tarde por Floyd Gottfredson), e inicia o “império” do artista, que, além dos desenhos animados e HQ, inclui parques de diversões, cinema e merchandising (os principais países onde se instalaram estúdios de quadrinhos da Disney foram os Estados Unidos, Itália e Brasil. Dentre os desenhistas que se consagraram nos Estúdios Disney – embora eles trabalhassem anonimamente, enquanto que as HQ saíam com a assinatura de Disney – destacam-se Gottfredson, Carl Barks, Al Tagliaferro, Keno Don Rosa, Giorgio Cavazzano, Romano Scarpa, Ivan Saidenberg e outros); Na Argentina, surge a revista El Tony, a primeira integralmente dedicada a publicar HQ (por lá conhecidos como historietas) daquele país, iniciativa de Ramón e Claudio Columba.


No próximo capítulo: os anos 30 e 40.
      Para encerrar, como ilustração minha, a já publicada ilustração baseada na Tábua Protat.
    Até mais!

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