sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Luluzinha, Bolinha e seu pai de criação

Olá.
Demorou um pouco para chegar às bancas mais um número dos gibis de Luluzinha e de Bolinha clássicos. Mas as edições estão aí.
A Pixel Media, selo do grupo Ediouro, atualmente não está dormindo no ponto ao trazer as histórias clássicas da personagem junto com as revistas da versão adolescente da personagem. Mas são, até agora, as únicas HQs a que a editora está se dedicando a publicar no Brasil – editora que, há alguns anos, publicou até álbuns de Corto Maltese.
Mas eis aí a edição do mês. Mas, antes, cumprindo uma promessa já feita: hoje, antes de falar das revistas, trago a vocês uma biografia de John Stanley, o mais famoso artista das HQ da personagem. Eu disse que seria sem falta...


STANLEY
John Stanley nasceu no Harlem, Nova York, EUA, em 22 de março de 1914. Era irmão do meio de uma família de cinco irmãos.
Seus estudos incluíram uma passagem pela New York School of Design, e desde cedo, seus trabalhos com ilustração e desenho eram muito elogiados.
O artista começou sua carreira no lendário Fleischer Studios, a produtora de desenhos animados responsável pelas primeiras animações de séries como Betty Boop, Popeye, Henry (Pinduca) e Superman.
Já nos quadrinhos, antes de se dedicar às HQ de Luluzinha, Stanley trabalhou com muitos personagens conhecidos, como Pica-Pau, Mickey Mouse e Pernalonga. Suas criações próprias não eram muito relevantes frente aos seus trabalhos com os personagens célebres.
Luluzinha (Little Lulu) foi criada em 1935 por Marjorie H. Buell, a Marge. Ganhou as histórias em quadrinhos em 1945, pela editora Dell Comics. O desenhista encarregado das primeiras histórias da personagem, que antes de ganhar título próprio aparecia de forma experimental em gibis da Dell como a Four Color, foi Stanley, que inicialmente era uma espécie de “faz-tudo”: ele escrevia, desenhava e arte-finalizava. Com o aumento no volume de trabalho, Stanley foi, aos poucos, passando o trabalho de arte-finalização para diversos artistas, sendo o mais freqüente Irving “Irv” Tripp.
O trabalho nos gibis de Luluzinha foi o mais importante da carreira de Stanley. Ele foi o responsável por introduzir, no universo da personagem, os diversos coadjuvantes conhecidos, como Aninha, Carequinha, Alvinho, Juca, Zeca, Glorinha, Plínio, Seu Jorge, Dona Marta, Seu Miguel, Bruxa Alceia e muitos outros. Também foi ele quem deu o nome “definitivo” a Bolinha, que nos cartuns de Marge era chamado, às vezes, de Joe. Logo, o estilo de desenho de Stanley e Tripp se sobrepôs ao de Marge, e é o conhecido da série até hoje.
Stanley ficou à frente das histórias de Luluzinha até 1959. Após a saída da série, ele se dedicou a escrever e desenhar histórias de outros personagens, como Nancy (criação de Ernie Bushmiller, conhecida na América Latina como Periquita), e personagens pouco conhecidos no Brasil, como Charlie Choo-choo e Melvin Monster.
Stanley abandonou os quadrinhos depois de 1971. Desde então, dedicou-se principalmente à publicidade e exerceu trabalho como chefe de uma empresa de serigrafia de Nova York. Ele fez poucos trabalhos na área de HQ desde então, descontente que estava com a indústria.
Stanley faleceu de câncer no esôfago em 11 de novembro de 1993, em Sleepy Hollow, Nova York. Seu falecimento ocorreu três anos depois do da esposa, Barbara. Ele deixou dois filhos, Lynda e James.

Fonte: Wikipedia.com.

AS EDIÇÕES DESTE MÊS
Esta biografia saiu um pouco breve, pois enfatizei as informações mais conhecidas. Foi uma dureza traduzir o artigo da Wikipedia em inglês (o tradutor do Google não ajuda muito). Além disso, a foto acima foi a única que consegui encontrar, creditada como sendo a de Stanley, na internet.
Bem. E agora, as edições deste mês.
LULUZINHA número 11 traz como seguintes destaques: O Dia do Silêncio, mais uma dentro da coleção com o estranho hábito mensal do clubinho dos meninos para com as meninas; Café na Cama, Lulu querendo fazer uma surpresa para a mãe – mas como fica o seu pai? O Pato de Estimação é Lulu com um novo amigo, que pode ser muito valioso – monetariamente; Atrasada pra Escola, Lulu e a professora Dona Marocas entrando juntas numa encrenca; O Saco-Surpresa da Bruxa Alcéia, mais uma historinha de Lulu para o Alvinho; e O Chá Dançante, Lulu dando um jeito de fazer o Bolinha fazer o que ele não quer – acompanhá-lo a uma festa.
E, como tem sido há algum tempo, a revista inclui, gratuitamente, um livrinho de atividades. Capa abaixo:
Já BOLINHA número 9 é uma edição que, ao que parece, é mais caracterizada pela diversidade de artistas. Destaques: O Bonzão, Bolinha com um plano maluco para mostrar aos meninos do clubinho o quanto ele é irresistível com as meninas (uma história da fase inicial de Stanley); Bolinha Vai à Luta, o esnobe Plínio Raposo incitando, por diversão, uma briga entre Bolinha e a Turma da Zona Norte; O Grande Vendedor, Bolinha demonstrando ter mais sorte do que tino comercial; O Gigante de Uma Cabeça, mais uma historinha de Lulu para Alvinho sobre gigantes de duas cabeças e os malefícios da vaidade; A Aula de Violino é Bolinha e seu talento questionável parta a música – mas inquestionável para o equilibrismo; e O Maior Acrobata do Mundo é Bolinha no mundo do circo – mas não da forma como ele planejou (essa história foi feita por outro artista da série que não Stanley e Tripp, não sei dizer qual, por isso o traço é mais rústico).
Eis a capa do livrinho de atividades que vem junto:
É isso aí. As edições estão nas bancas, cada uma ao preço de R$ 3,50. Saudades de um tempo feliz e sem preocupações.
Para encerrar, mais uma reinvenção de uma capa clássica da Luluzinha, com a versão adolescente da personagem. A base para a ilustração é a capa da edição 9 de Luluzinha, da coleção da Pixel.
É isso aí.
Até mais!

Um comentário:

VELOSO disse...

Ficou muito legal sua reeleitura dos personagens o que não tá legal é essas letrinhas de para provar que eu não sou um robô não dá para você desabilitar e habilitar a moderação de comentário para se precaver!