sexta-feira, 10 de setembro de 2010

RAJADA, a loira fatal

Olá.
Na semana que passou, adquiri e recebi mais um pacote de revistas da prestigiosa Júpiter II, do sempre persistente José Salles - um dos poucos brasileiros que, pelo visto, acreditam nos quadrinhos nacionais.
Hoje, dessa remessa, vou começar falando de RAJADA.

RAJADA é criação de Renato Rei (que desenhou a história A Tribo dos Esqueletos na revista Raio Negro no. 10, dentre outros trabalhos para a mesma editora Júpiter II). E, como a capa indica, é uma HQ para adultos - devido às cenas de nudez e violência presentes aqui. Já vamos entender por que.
Renato Rei nos traz mais uma heroína violenta, em seu desenho detalhado. E ele conta com a ajuda do arte-finalista Luiz Meira, que dá o tom obscuro exigido pela história, cheio de sombras. Trata-se de duas histórias interligadas: o prólogo, roteirizado e arte-finalizado por Luiz Meira (por isso, é diferente do restante da história), e a história principal, Influências, com roteiro e desenho de Rei e arte-final de Meira. E a HQ tem as bordas das páginas negras, que fundem-se ao restante da história.
Para começo de conversa, Rajada é uma assassina caçadora de recompensas. Não se sabe seu nome verdadeiro, nem seu passado. Ela sempre é chamada para dar cabo de bandidos destruidores de famílias - sejam eles traficantes de drogas ou gerentes de prostituição. Sempre usando armas de fogo e, sempre que possível, explodindo os covis dos criminosos; sempre agindo sem deixar pistas - a polícia nunca fica sabendo os autores das mortes frequentes de malfeitores; e, sobretudo, usando uma vestimenta pra lá de sensual. O qualificativo loira fatal não é força de expressão para definir Rajada. Ah: e ela sequer tem compaixão de suas vítimas, mesmo que elas sejam apenas vítimas das circunstâncias, aparentemente sem culpa pelo que fizeram - ou cuja culpa seja indireta.
Em Influências, Rajada é chamada por uma mãe desesperada pelo filho que morreu de overdose por uso de drogas. Inicialmente, a loira deve matar o amigo da vítima, que o influenciou. Mas, ao ser levada pelo mesmo ao traficante que fornecia as drogas, ela consegue mais o que esperava. Mais tarde, Rajada dá cabo dos donos de uma boate que explorava mulheres. E, no prólogo, quem se dá mal são dois assaltantes de banco.
Nudez, cenas fortes e violência são o que esperam o corajoso leitor que for conhecer RAJADA. Por enquanto, foi publicada uma edição dessa HQ. A capa é de Renato Rei e Luiz Meira, e inclui ilustração pin-up de Laudo Ferreira Jr. e Omar Viñole.
O preço é R$ 3,00 (para comprar a revista). Mais barato que uma edição do gibi do Justiceiro, mas com um impacto semelhante! Para adquirir, escrevam para José Salles: smeditora@yahoo.com.br, ou acessem o blog da Júpiter II: http://jupiter2hq.blogspot.com/.
Para encerrar, conheçam a Rajada através da minha ilustração. Fiz o mais fiel que pude. Mas queria que as armas dela tivessem saído melhores... acho que não sei desenhar armas muito bem. Buá!
Até mais!

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