sábado, 6 de setembro de 2008

Vamos falar um pouco de eleições...


Caríssimos, aproveitando a chegada de mais uma data cívica, vamos falar um pouco sobre um tema que está na pauta do dia: as eleições.
No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro, então príncipe regente do Brasil, proclamou, às margens do Rio Ipiranga, a nossa independência. Com isso, o Brasil ficava (quase que) completamente livre de sua metrópole, Portugal. Quase, porque, antes de termos nossa independência reconhecida pela metrópole, D. Pedro de pagar uma vultosa indenização a Portugal - o que foi possível através de um empréstimo feito pela Inglaterra. Ou seja, saímos das unhas de uma metrópole e caímos nas de outra, mas desta vez os vínculos eram essencialmente econômicos. No plano político, beleza: o Brasil podia se auto-governar. O Príncipe regente D. Pedro, mais tarde, se tornaria D. Pedro I, nosso primeiro imperador. Mas, apesar de termos sido governados por um português até 1831, o nosso país agora tinha autonomia administrativa.
Em 1889, o Brasil se torna uma República, depois de anos governados por imperadores, fazendeiros e escravocratas. Mas a política, de 1822 até hoje, continua caótica: sempre há um grupo ou outro almejando chegar ao poder. E sempre fazendo o que bem entende quando alcança. E o povo... ah, que interessa o povo? Que interessa esse bando de entojados?
Pois é o povo que sustenta um governo, sabiam? É o povo, hoje, quem decide quem vai tomar as decisões mais importantes para o nosso desenvolvimento.
Hoje, os tempos são diferentes de muitos anos atrás. Melhores ou piores? Afinal, hoje a lei está se esforçando para chegar a todos, as amarras da dependência econômica externa nunca pareceram tão tênues (basta lembrar: nos anos 80, a dívida externa chegara na casa dos trilhões de dólares), a inflação não está tão ameaçadora quanto antes (lembrem dos anos 80 e a inflação chegando até a lua!), a economia só demonstra crescer, o social nunca esteve tão em pauta...
Mas, no plano político, as coisas não mudaram muito. Sempre aparecem denúncias de corrupção, desvio de dinheiro público, negociatas excusas... e a ética, ó... E o pior é que prendem um "gato" e atrás vem outro, garantindo a continuidade dessa mamata.
Por isso, depende de nós não fazermos essa coisa continuar do jeito que está. Nessas eleições, temos de eleger representantes competentes para nossa cidade. Porque é isso: começa com nossa cidade e vai até o nosso país. As eleições deste ano são para prefeito e vereador. Temos de começar a demonstrar a ética básica na nossa cidade. Temos de votar conscientemente! Evitando eleger "gatos" para nos representar. Por isso, é bom pesquisar o passado do candidato em questão.
Só deste modo, podemos garantir que o ato de D. Pedro I e todos os que lutaram, sofreram e morreram para tornar o Brasil melhor do que há anos atrás não tenha sido em vão... Temos de varrer a corrupção, de alguma maneira!
Não sei se coordenei bem as idéias. Mas vocês entenderam a mensagem, não? Votem consciente.
E desculpem se cometi algum erro.
O 7 de setembro não deve ser apenas mais um dia de descanso, mas um dia para pensar sobre o Brasil.
E o humor está a serviço da ética e da cidadania. Como nos exemplos que ilustram este post. Duas charges políticas, já publicadas, mas o caráter é, de certa forma, universal, pois nem datei estas ilustrações.
E aqui, encerro.
Tenham um feliz 7 de setembro, e bom descanso!

Um comentário:

Fabrício disse...

E aí, Rafael!
Muito legal teu otimismo, que não é ufanista nem idealista. É muito jóia perceber que sim, algumas coisas melhoraram com o tempo e a garra do brasieleiro! ...e termos vontade de mudar tudo que ainda falta.